Em manifestação durante a sessão ordinária desta quinta-feira (09),o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro,foi enfático ao garantir que o Parlamento Estadual não será pautado pela lacração das redes sociais,nem se posicionará em busca de engajamentos ou likes. “Repudiamos qualquer manifestação que contrarie os fundamentos da democracia. A Constituição Federal, que os deputados juraram respeitar ao tomarem posse, é o “livro que nos orienta, a Carta Magna onde estão os fundamentos da nossa democracia”.
Gerson se pronunciou diante da repercussão na rede social depois que o deputado João Henrique Catan, ao tentar fazer uma analogia entre a postura contraria do Governo do Estado em relação a um requerimento no qual pede a relação dos servidores comissionados contratados com o regime nazista, levou à tribuna um exemplar da autobiografia de Adolf Hitler. Setores políticos da esquerda interpretaram o gesto como apologia ao nazismo e houve até quem cobrasse um posicionamento do Conselho de Ética do Legislativo para avaliar uma possível quebra de decoro, que ensejaria até a cassação de mandato.
Gerson definiu como “infeliz” a utilização do livro como peça retórica do parlamentar, por se tratar de uma obra de apologia ao nazismo um “período que envergonha a história da humanidade”,mas não identificou na manifestação do deputado Catan, nada que significasse defesa do regime totalitário implantado por Hitler na Alemanha.
O parlamentar destacou que o compromisso do Legislativo é trabalhar pelo desenvolvimento do Estado, cobrar e contribuir para viabilizar obras e projetos que melhorem a qualidade de vida da população. Como exemplo de ações que focam o interesse maior da sociedade, lembrou que estão em andamento os preparativos de duas audiências públicas para discutir a nova licitação da concessão da BR-163 (no próximo dia 21), o principal eixo rodoviário do Estado e a de lançamento, dia 22, da Frente Parlamentar da Rota Bioceânica, com a possível presença do presidente do Paraguai, Mário Abdo e do ex-presidente Michel Temer.
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