A vice-presidente da Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes-MS), Fabiana Oliveira, é a entrevistada do Direto ao Assunto dessa semana. Ela fala sobre a importância da inclusão por diversas perspectivas e também do tema da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, “Conectar e somar para construir inclusão”, que permeia os debates e atividades da federação durante todo ano, chamando a sociedade para pensar em medidas inclusivas.
De acordo com Fabiana, a temática “Conectar e somar para construir inclusão” surgiu da necessidade de entender como as pessoas com deficiência e suas famílias estão tendo acesso às ferramentas tecnológicas disponíveis, desde as redes sociais aos aplicativos de mensagens. “Pensamos em várias formas de comunicação e interação que existem hoje e se realmente estão acessíveis a todos, seja para uma pessoa cega, surda ou com uma deficiência intelectual”, explicou.
Para Fabiana, uma das principais iniciativas de acessibilidade, além das comunicações, as arquitetônicas é a “atitudinal”. “É o que impede, muitas vezes, que providências sejam tomadas. Porque a atitude depende do ser humano, atitude é uma questão humana, não é material. Por exemplo, se não existe uma lei que estabeleça um transporte acessível, a lei é feita pelas atitudes, pelo humano. Então é uma barreira muito significativa que a gente precisa remover e começar a agir de maneira inclusiva”, ponderou.
A vice-presidente da Federação das Apaes-MS falou também sobre o capacitismo, a discriminação de pessoas com deficiência, que podem ser subestimadas em sua capacidade e aptidão em virtude de suas deficiências. “Ainda precisamos avançar muito para acabar com essa forma de pensar e agir das pessoas. O preconceito e a discriminação ainda são muito fortes. O capacitismo provoca o que? Provoca rejeição, intolerância, angústia e afastamento. O preconceito e a discriminação são causadores de atitudes muito perversas”, declarou.
Fabiana explicou que a luta pelo fim do preconceito e das barreiras físicas e sociais em toda a sociedade precisa ser fortalecida cada vez mais. “Uma sociedade que não inclui em seu mais amplo sentido é que está deficiente”, destacou.
Confira, a entrevista completa.