Pesquisa do jornalista Sergio Cruz, da ASL e do IHGMS
Removido para o Rio de Janeiro, despede-se do Sul de Mato Grosso, onde esteve desde dezembro de 1930, o tenente-coronel cuiabano Eurico Gaspar Dutra. Sua primeira cidade foi Ponta Porã, onde comandou o 11º. R.C.I. Em seguida esteve à frente da Circunscrição Militar em Campo Grande e, posteriormente, da chefia do Estado-Maior da mesma circunscrição, à época comandada pelo general Bertoldo Klinger. Mais tarde, general e marechal, Dutra chegou à presidência da República em eleição direta (1945 a 1950).
A partir de julho, como um dos homens de confiança de Getúlio Vargas, voltou-se contra Campo Grande, que lutou contra os legalistas na revolução Paulista.
Seu último trabalho no Estado foi a organização e comando de grandes manobras militares em Nioaque, cujo desempenho mereceu de seu superior a seguinte manifestação:
“O seu a seu dono. Ao Sr. Tenente-Coronel Eurico Gaspar Dutra, Chefe do Estado-Maior da direção das manobras em Nioaque, compete a indiminuivel glória de haverem sido as mesmas tão bem sucedidas, como o foram, mais até do que esperávamos, acrescentando ao nosso legítimo júbilo o de todos quantos nas mesmas tomaram parte. Este comando não abdica de responsabilidade nem méritos; sei que fiz o que me competia: como chefe – meditar, conceber e resolver. Mas, o meu pujante Estado-Maior, tendo como chefe esse extraordinário oficial, fez o que a ele competia – colaborador irrestrito do comando, preparou as suas resoluções: apreender, adotar e elaborar praticamente as suas diretivas e opiniões, supervigiar a execução.
Nada adito em palavras de louvor que não se acharia à altura do merecimento desse camarada. Com ele no Estado-Maior não há missão difícil para um Chefe. As suas altas qualidades assentam, ademais, como não pode deixar de ser para a competência funcional, não meramente livresca, no conhecimento prático das virtudes e franquezas,necessidades e gestos, corpo e alma da tropa.
Foi só esmorecer o crepitar das paixões para que a justiça lhe fosse novamente feita”.
FONTE: Mauro Leite e Novelli Jr., Marechal Dutra, o dever da verdade, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1983, página 32.
PREFEITO DE CAMPO GRANDE ASSASSINADO EM CUIABÁ. Três prefeitos de Mato Grosso do Sul foram assassinados no exercício do mandato. O de maior repercussão foi o do dr. Ari Coelho, covardemente executado em Cuiabá, em 1952. Estes crimes violentos e outros que enlutaram nossa História, estão no livro A LEI DO 44, SANGUE NO OESTE, do jornalista Sergio Cruz. CLIQUE AQUI e compre o seu exemplar