Em discurso do estado da nação, pronunciamento público anual, nesta terça-feira (21), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltou a prometer que seguirá com a ofensiva na Ucrânia até atingir seus objetivos. Putin ordenou a invasão do território ucraniano em 24 de fevereiro de 2022, no que ainda chama de “operação militar especial”, alegando que buscava libertar cidadãos de áreas que considera serem russas no país vizinho e também que cresciam movimentos neonazistas ucranianos.
— Vamos resolver passo a passo, cuidadosa e sistematicamente, os objetivos que temos à nossa frente — disse o presidente, segundo a AFP.
Putin acrescentou que o Ocidente foi responsável pela escalada do conflito, prestes a completar um ano de duração. Potências europeias e norte-americanas criticam a invasão desde o princípio e impuseram pesadas sanções econômicas à Rússia, além de entregar armas e equipamentos militares à Ucrânia.
O líder russo disse que as potências ocidentais têm como objetivo “acabar conosco de uma vez por todas”, referindo-se à Rússia.
— A responsabilidade por atiçar o conflito ucraniano, pela escalada dele, pelo número de vítimas (…) recai por completo sobre as elites ocidentais — avaliou.
Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita inesperada a Kiev, capital ucraniana, e se reuniu com o presidente Volodimir Zelensky. Ele prometeu seguir apoiando a Ucrânia no conflito e anunciou um novo pacote de apoio, de US$ 500 milhões, com equipamentos militares.
Segundo a AFP, em entrevista a um veículo estatal de imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o governo russo acompanha a distância este movimento, bem como a ida de Biden à vizinha Polônia, nesta terça, mas que isto não deve afetar a política russa.
CONTEÚDO GZH