Campo Grande-MS
domingo, 14/12/2025

“Quem busca a verdade e a justiça, quem espera pela liberdade e pela paz, questiona Jesus”. Sua palavra “liberta-nos da prisão do desconforto e do sofrimento: todas as profecias encontram n’Ele o esperado cumprimento. Na verdade, é Cristo quem abre os olhos do homem à glória de Deus. Ele dá voz aos oprimidos, silenciados pela violência e pelo ódio; Ele vence as ideologias, que impedem de ouvir a verdade; Ele cura das aparências que deformam o corpo”.

Depois de presidir na Basílica de São Pedro a Celebração Eucarística no Jubileu dos Reclusos, Leão XIV rezou o Angelus da janela do apartamento pontifício com os 20 mil fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Antes da oração mariana, a inspirar sua reflexão, foi o Evangelho de Mateus (Mt 11,2-11) proposto pela liturgia do dia, cuja narrativa “leva-nos a visitar João Batista na prisão, onde se encontra detido por causa da sua pregação. Apesar disso – observa o Papa – ele não perde a esperança, tornando-se para nós um sinal de que a profecia, embora acorrentada, continua a ser uma voz livre em busca de verdade e justiça”.

Na prisão, João Batista ouve «falar das obras de Cristo», que são diferentes das que ele esperava. Então, manda perguntar-lhe: «És Tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?»:

Quem busca a verdade e a justiça, quem espera pela liberdade e pela paz, questiona Jesus. É mesmo Ele o Messias, ou seja, o Salvador prometido por Deus pela boca dos profetas?

E a resposta de Jesus – explicou Leão XIV – orienta o olhar para aqueles que Ele amou e serviu:

São eles – os últimos, os pobres, os doentes – que falam por Ele. Cristo anuncia quem Ele é através das suas ações. O que Ele faz é para todos nós um sinal de salvação. Com efeito, quando encontra Jesus, a vida sem luz, sem palavra e sem sabor reencontra sentido: os cegos veem, os mudos falam, os surdos ouvem. A imagem de Deus, desfigurada pela lepra, recupera integridade e saúde. Até os mortos, totalmente insensíveis, voltam à vida. Este é o Evangelho de Jesus, a boa nova anunciada aos pobres: quando Deus vem ao mundo, vê-se!

Fiéis na Praça São Pedro para o Angelus com o Papa Leão XIV   (@Vatican Media)

A palavra de Jesus – acrescentou o Papa – liberta-nos da prisão do desconforto e do sofrimento: todas as profecias encontram n’Ele o esperado cumprimento:

Na verdade, é Cristo quem abre os olhos do homem à glória de Deus. Ele dá voz aos oprimidos, silenciados pela violência e pelo ódio; Ele vence as ideologias, que impedem de ouvir a verdade; Ele cura das aparências que deformam o corpo. Assim, o Verbo da vida nos redime do mal, que conduz o coração à morte.

Nesse sentido, como discípulos do Senhor, “somos chamados neste tempo de Advento a unir a espera do Salvador à atenção ao que Deus faz no mundo. Poderemos, então, experimentar a alegria da liberdade que encontra o seu Salvador: «Gaudete in Domino semper – Alegrai-vos sempre no Senhor»:

É precisamente com este convite que começa a Santa Missa de hoje, terceiro domingo do Advento, chamado por isso domingo Gaudete. Alegremo-nos, pois, porque Jesus é a nossa esperança, sobretudo nas horas de provação, quando a vida parece perder sentido e tudo se nos apresenta mais sombrio, quando nos faltam palavras e temos dificuldade em ouvir o próximo.

Que a Virgem Maria, modelo de expectativa, atenção e alegria – disse o Papa ao concluir – nos ajude a imitar a obra do seu Filho, partilhando com os pobres o pão e o Evangelho.

Fonte e Foto: Vatican News |