Sob o título “Peculato”, jornal O Matto Grosso, de Cuiabá, de 26 de novembro de 1922, publica a seguinte notícia:
“Encontra-se preso por ordem do dr. Manoel Paes de Oliveira, Delegado Fiscal, o tesoureiro da alfândega de Corumbá contra quem foi verificado um desfalque de 67:427$000.
Já foram tomadas todas as providências no sentido de serem penhorados os bens que porventura possua o responsável e impedida qualquer alienação que pretenda fazer, medidas essas solicitadas da Procuradoria da República junto ao Juízo Federal.
O sr. Delegado Fiscal, de acordo com a solicitação que fez ao sr. Ministro da Fazenda, já designou o sr. 1° secretário Anselmo Liberato de Oliveira para proceder a tomada de contas do acusado afim de ser apurado o seu alcance integral, devendo esse graduado funcionário seguir na primeira oportunidade para a vizinha cidade. Em virtude desse desfalque está aberto na referida Alfândega rigoroso inquérito para apurar todos os responsáveis e corresponsáveis. Ainda em virtude de crime de peculato o sr. Delegado Fiscal remeteu ao Juízo Federal, por intermédio da Procuradoria da República, a tomada de contas do ex-coletor federal federal de Aquidauana Manoel de Castro Pinto, que se acha preso nesta capital, cuja responsabilidade foi totalmente apurada, continuando a serem tomadas as contas dos ex-coletores Humberto Coutinho e Manoel Dias de Pinho, respectivamente de Ponta Porã e Campo Grande e que se acham foragidos na República do Paraguai, a fim de ser contra os mesmos e a sua revelia instaurado o respectivo processo criminal. Todos esses trabalhos de tomada de contas estão confiados a competência do respectivo escriturário”.
FONTE: O Matto-Grosso (Cuiabá), 26/11/1922.

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