Campo Grande-MS
quinta-feira, 16/10/2025

Pesquisa do jornalista Sergio Cruz, da ASL e do IHGMS

Tentando tomar a fortificação portuguesa em constantes ataques desde o dia 16 de setembro, o governador espanhol do Paraguai, d. Lázaro de Ribera, ante a brava resistência de Ricardo Franco, apesar da superioridade numérica de suas forças, surpreendentemente, em 24 de setembro de 1801, desiste de sua missão:


No dia 24, às 3 horas da tarde recomeçou o inimigo o bombardeio com a artilharia das três sumacas e manteve o fogo até às ave-marias. Como se colocaram longe do alcance dos canhões brasileiros, o forte não respondeu ao fogo.

Pelas nove horas da noite, informa Ricardo Franco, o inimigo ‘tocou a retreta, com a sua música de oboé e zabumba’, e do forte responderam os defensores com ‘dois tambores, rebeca e flauta.’


A seguir as embarcações espanholas começaram a descer o rio, ante o olhar atônito da guarnição, que mal podia acreditar no que via: a poderosa frota, com força suficiente para esmagar a diminuta resistência, batia em retirada.

Fato notável foi que em todo o tempo que durou o assédio, durante o qual houve sete dias de intenso bombardeio e três recontros, não sofreu a guarnição nenhuma baixa. Apenas um defensor foi ferido levemente na cabeça por um estilhaço de pedra.
Os espanhóis, em contrapartida, tiveram vinte perdas entre mortos e feridos.

A vitória dos defensores de Coimbra causou o maior entusiasmo em toda capitania, no resto do Brasil e em Portugal.

O governador Caetano Pinto premiou com promoções e oitavas de ouro os soldados que mais se distinguiram.

A Coroa promoveu Ricardo Franco a coronel e concedeu-lhe o hábito de S. Bento de Avis ‘com 300$000 rs de Tença nas comendas vagas.

Por este ato de bravura, Ricardo Franco, foi um dos nome lembrados pelos compositores do hino de Mato Grosso do Sul.

FONTE: Carlos Francisco de Moura, O forte Coimbra, Editora UEMT,Cuiabá,1975,  página 51.

UMA HISTÓRIA DA DIVISÃO
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