Campo Grande-MS
sexta-feira, 3/10/2025

Amamsul é parceira do Conselho da Comunidade de Campo Grande em ressocialização e, desde 2024, contrata reeducandos

O Conselho da Comunidade de Campo Grande (CCCG) promoveu nesta sexta-feira (3) a solenidade de premiação da oitava edição do Prêmio Benjamin Padoa para reeducandos e parceiros contratantes, no auditório da sala multiuso da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Hoje, cerca de 300 reeducandos são acompanhados pela instituição, que atua como um verdadeiro RH da ressocialização em Mato Grosso do Sul.

A Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amamsul) mantém convênio desde 2024 e hoje conta com dois prestadores de serviços. Já passaram pela instituição quase dez reeducandos. Na solenidade, o 2º vice-presidente da Amamsul, juiz Rafael Gustavo Mateucci Cássia, representou o presidente Mário José Esbalqueiro Júnior na entrega do Prêmio Benjamin Padoa. A juíza Gabriela Muller Junqueira representou o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Dorival Renato Pavan.

Durante a cerimônia, um vídeo apresentou os resultados do programa, criado em 2020. Segundo o juiz Albino Coimbra, já foram garantidos: “172 mil dias trabalhados; mais de 50 mil dias descontados em penas; economia de R$ 5 milhões aos cofres públicos; índice de reincidência menor que 10%.”

O reeducando João Pereira Duarte, que trabalha na Amamsul, foi um dos premiados. “A parceria com o Conselho da Comunidade mostra que o trabalho é capaz de transformar vidas. Uma oportunidade significa dignidade e reconstrução”, destacou o vice-presidente da Amamsul, juiz Rafael Mateucci.

Com o trabalho, João reconstruiu sua vida e formou nova família. Ao receber das mãos do juiz Rafael Mateucci o prêmio de R$ 1,8 mil, comemorou emocionado ao lado da esposa, Sabrina. “Estou muito contente”, disse ela. Ele completou: “O dinheiro vai para as coisas do neném.”

Emoção e reconhecimento

Os discursos dos reeducandos emocionaram a plateia. Muitos relataram que o maior medo não era enfrentar a prisão, mas perder o apoio da família. Pais e mães estiveram presentes e aplaudiram a conquista dos filhos.

O Conselho foi criado para auxiliar juízes e autoridades junto aos egressos e à população carcerária em tarefas de readaptação e reconquista da cidadania plena. O idealizador foi o professor Benjamin Padoa, chefe da Divisão de Trabalho da Agepen entre 1999 e 2003 e presidente do Conselho da Comunidade entre 2003 e 2007. Falecido em 2012, deixou como legado a credibilidade e a força do Conselho, que ao longo dos anos se consolidou em parcerias transformadoras.

Fonte e Fotos: Assessoria de Comunicação | Por: Neiba Ota