O presidente do Brasil, Lula da Silva, foi recebido, este sábado de manhã, por Marcelo Rebelo de Sousa em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, na Praça do Império, em Belém, durante uma cerimónia com honras militares. Nem a banda nem as salvas de canhões fizeram calar a claque vermelha que, do outro lado, acompanhou o evento.
Poucos minutos depois das 10.30 horas, Luiz Inácio Lula da Silva deu início a uma agenda preenchida, nesta visita oficial de cinco dias a Portugal. “Bom dia, presidente Lula”, “Lula guerreiro do povo brasileiro” e “Olé olé olé olá Lula, Lula” foram os cânticos mais gritadas por algumas dezenas de apoiantes, muitos do Partido dos Trabalhadores, vestidos a rigor, com t-shirts vermelhas com o número 13 estampado (número que Lula utilizou nas últimas eleições).
O chefe de Estado brasileiro e a primeira-dama, Rosângela “Janja” Lula da Silva, foram recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa. Depois, juntaram-se, em palco, à comitiva brasileira, estando também presente o ministro Negócios Estrangeiros, Nuno Cravinho, e chefes dos três ramos das Forças Armada (Exército, Força Aérea e Marinha).
Na mancha vermelha de apoiantes destaca-se uma pequena bandeira da Ucrânia, a fazer recordar as polémicas declarações de Lula, durante uma visita à China e aos Emirados Árabes, sobre o papel dos EUA e da Europa na guerra no país de leste.
Durante a cerimónia, os dois presidentes ouviram os hinos nacionais ao som de tiros de canhão e de uma claque que subiu de tom para continuar a cumprimentar o chefe de Estado brasileiro. Depois, seguiram o protocolo definido e cumprimentaram a fileira de militares que ocupava a Praça do Império. Depois do desfile militar de honra, já dentro da Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, Lula da Silva depositou uma coroa de flores no túmulo do poeta português Luís Vaz de Camões – uma homenagem comum nas visitas.
JORNAL DE NOTICIAS, Portugal
